O que é necessário para que nos vacinemos contra o suicídio ?
Ouvimos, às vezes, comentários, quando alguém busca a dor maior, fugindo de uma dor menor pelas portas do suicídio, que faltou a ela fé. Que era materialista, imediatista, covarde. São dados todos os títulos, todos eles rotulando a pessoa de fraca. Realmente a pessoa que parte pelas portas do suicídio é uma pessoa fragilizada pelos sentimentos, pelas emoções e, às vezes, duramente perseguida por inimigos e até, por não inimigos, mas espíritos altamente ligados em vidas pretéritas que aproveitam aqueles instantes de desequilíbrio para provocarem o desencarne. Com isso, muitas vezes, quando não são inimigos, facilmente dominam aquele espírito, enquanto cativam a perseguição para ficar perto, por amarem demais, e são imediatamente separados, distanciados da pessoa. Mas existem aqueles suicídios do dia a dia que ninguém comenta, ninguém rotula, ninguém taxa de obsessão. São suicídios lentos, progressivos, provocados pelo alcoolismo, pelo fumo, por outras drogas. A pessoa se intoxica de tantos medicamentos, arranjando enfermidades que nenhum médico consegue encontrar, porque esta enfermidade não está no corpo e sim no seu psiquismo, na sua mente. No seu processo, às vezes manipulador de uma situação na qual acha difícil conviver e, como não tem como resolver, fica mais fácil adoecer e nesse processo de adoecer, lentamente passa realmente a sofrer. Há várias enfermidades provocadas pelo excesso de consumo de medicamentos. Vemos os suicídios ou os pré- suicídios daqueles que andam em altíssima velocidade, dos que são irresponsáveis no transito, daqueles que se arriscam em esportes radicais, daqueles que se arriscam em situações de divertimentos perigosos no mar, em lagoas. Então vemos que existem várias formas de suicídio em que, na verdade, as pessoas não demonstram qualquer desejo de morrer, nem de libertar-se da dor, nem de fugir das culpas, nem das provas. Mas que vão lentamente arruinando o seu corpo somático, comprometendo seu espírito com muitas ligações de entidades perniciosas, malvadas, inconseqüentes , irresponsáveis. Isso sem falar na imensa gama de patologias, outras até afetivas, que provocam crimes passionais, desencadeiam tragédias e destroem lares. O que é necessário para que nos vacinemos contra o suicídio ? Primeiro, a prece. A prece afasta as entidades perseguidoras e nos fortalece. Segundo, o esforço na aceitação das provas redentoras e, às vezes, até o empenho em alterar determinados quadros das nossas vidas, através das lutas, do trabalho, da persistência na defesa daquilo que para nós é essencial. A vida é essencial. Todos nós, queiramos ou não, quando na vida, estamos caminhando para a morte. Mas, buscar a morte espontaneamente representará sempre um compromisso muito grave no plano espiritual, onde, assim como na terra, existem os julgamentos, as atenuantes e também as agravantes. Deus é Deus de misericórdia. Aquele que possui na família um quadro de suicídio deve orar muito, com fé, porque nesses instantes em que o espírito recebe as preces, ele dorme o sono abençoado, reparador, um sono que realmente é a misericórdia de Deus a interceder em favor dele para depois recomeçarem novamente as dores. Orem com fé, não aquela prece rápida, feita com o movimento dos lábios, com palavras vazias de sentimentos que não são capazes de ultrapassar nem vinte centímetros além da cabeça. Mas aquela prece que busca realmente com o coração, na disciplina, na piedade, no amor fraterno, que é capaz de mover uma criatura a orar por aqueles com quem não têm nenhuma ligação, mas que a criatura sabe serem pessoas necessitadas. Isso traz mérito para aquele que ora, traz simpatia dos espíritos que amam as pessoas que estão nesse quadro de sofrimento. Por isso, aquele que ora sente bem estar, sente-se alegre e feliz. Não traz o peso de grilhões a lhe massacrar os passos na terra, porque tem equilíbrio e o equilíbrio traz disciplina, a disciplina traz frutos rentáveis de luz. Que o mestre nos ampare.
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