Os Problemas são oportunidades para nos fortelecer!!!

Os Problemas são oportunidades para nos fortelecer!!!
Este blog foi inspirado pelos jovens da Caravana Arco Iris, então para facilitar o entendimento do porque de tudo isso, fiz a postagem de algumas psicografias de meu filho Erick Ibelli, e para mostrar que na vida nada acontece por acaso!!! A vida continua e a nossa passagem pela Terra, é apenas uma parte do caminho!!! Irene Ibelli

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Crack e cocaína podem levar à perda de visão

Crack e cocaína podem levar à perda de visão

Enquanto o uso de cocaína refinada vem sendo combatido mundialmente, em forma de crack a droga já fez mais de meio milhão de dependentes no Brasil, com índice de morte em torno de 30% em cinco anos, no máximo. Além da rápida dependência e de alterações cerebrais muito importantes, o usuário pode até mesmo perder a visão.
 
"As sequelas oculares decorrentes do uso de drogas variam bastante. Pode-se constatar desde a perda de acuidade e percepção visual, até mesmo ocorrência de hemorragias, aumento de pressão e perda gradual ou total da visão", diz o doutor Renato Neves.
 
Neves afirma que a cocaína e o crack oferecem os maiores riscos a seus usuários. "A perda de visão pode ser parcial, total, transitória ou não. Estudos em andamento analisam o impacto entre diferentes usuários. Mas é certo que, da mesma forma com que o viciado em cocaína corre risco de perder o septo nasal, o viciado em crack pode comprometer os ossos da órbita por conta do efeito tóxico da fumaça inalada".
               

Mais drogas comprometem a visão
 
Apesar de a cocaína e o crack serem responsáveis pelo impacto mais grave na visão, outras drogas pesadas podem resultar em dificuldade de enxergar claramente. É o caso da heroína, do LSD (ácido lisérgico) e do ecstasy.
 
"O uso continuado de heroína pode levar a pessoa a ficar estrábica, com um ou ambos os olhos apontando para o lado externo. O LSD pode acarretar retinopatia solar, impedindo o usuário de enxergar bem à luz do dia sem proteção de óculos escuros. Riscos de outra natureza envolvem distúrbios na percepção visual, quando a pessoa relata enxergar centenas de pontos pretos em seu campo de visão. Já o ecstasy também pode provocar hemorragia ocular por conta do aumento de pressão sanguínea. Esses são apenas alguns dos riscos já comprovados em estudos. Muitos outros estão em andamento", diz o doutor Renato Neves.
             
 
Fonte

Renato Neves – Médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP).
www.eyecare.com.br
www.olhos.org.br
           

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Mais informações

Jornalista responsável: Heloísa Paiva
Assistente de redação: Fernanda Paes
(55-11) 2894.9975 // 2894.9976
www.ppagina.com.br
 
 
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Irene Ibelli

sábado, 25 de dezembro de 2010

Teu carma



Teu carma
Teu carma é o efeito daquilo que causaste.
       Modifica teu carma, mudando tuas ações.
       Ao transformares teu modo de ser, transformarás as reações na tua existência.
       Podes modificar o teu carma, aceitando o teu hoje e reprogramando tuas atitudes desagradáveis.
       Ninguém te machuca, tu é que te machucas, mas não percebes; por isso, acusas os outros.
       Ninguém te faz infeliz, tu é que esperas que os outros te façam feliz.
       A lei do retorno, isto é, a ciclicidade inexorável do tempo, faz com que tudo sempre volte ao ponto de partida; logo, é importante lembrarmos:
       *se mudares suas ações, estarás mudando teu carma;
       *erros acontecem para ensinar;
       *edificação íntima requer esforço pessoal;
       *daquilo que deste receberás multiplicado;
       *teu carma é o resultado de tuas ações, pois "a cada um de acordo com o seu comportamento".     
       Analisa atentamente a ligação entre situações, idéias e acontecimentos. Observa o nexo causal de tudo o que acontece em tua existência e verás que não são por sí só os fatos de vidas passadas que te complicam a existência na atualidade, e sim a perpetuação dos velhos modos de pensar e de agir, das crenças incoerentes e dos pontos de vista contraditórios.

Retirado do livro: Um modo de entender, uma nova forma de viver - Francisco do Espírito Santo Neto - Ditado por Hammed

Ler mais:
http://www.forumespirita.net/fe/o-evangelho-segundo-o-espiritismo/teu-carma-24405/#ixzz19BPPcy7y

Carma: punição ou reequílibrio?

Por Agnaldo Cardoso

Nós sabemos o que seja carma? Por que, parece, que carma virou explicação para todo problema, toda situação triste ou infeliz na vida das pessoas. Mas quem é esse tal de carma? De onde ele vem?
Inicialmente, é importante entender, que não devemos nos prender demais ao conceito de carma. Essa é uma posição da filosofia oriental que tem aproximações com a Lei de Causa e Efeito apresentada pelo Espiritismo, mas há distinções em relação ao entendimento disso na prática.
Quando se usa o termo carma, há uma conotação de fatalidade, enquanto que a Doutrina enfatiza a possibilidade de minimizar ou até eliminar as ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem.
Carma, meus irmãos, ao invés de ser um castigo como muitos pensam, é sinônimo de reequilíbrio.
E a vida material é a maravilhosa e insubstituível escola que possibilita que aprendamos e tomemos consciência das nossas atitudes erradas nesta e em vidas pretéritas.
Mas como é que o carma aparece? Do nada? Em um passe de mágica? Não! O Princípio do Livre Arbítrio dá ao homem o direito de escolher seus caminhos, de ser o autor de sua história, o construtor do seu destino. Entretanto, o Princípio de Causa e Efeito, Plantação e Colheita, torna o homem refém de seus atos, das suas escolhas.
Nós construímos nosso carma, no exercício do nosso livre arbítrio, na escolha de nossas opções. E optar, não é o que sempre estamos fazendo? Ajudo ou prejudico? Cuido da minha saúde ou me vicio em drogas? Sou amigo ou inimigo? Prego a paz ou fico criando intrigas? Elogio ou critico? Trabalho ou fico ocioso? Construo ou quebro? São as nossas escolhas! Nossas decisões!
Nós, meus queridos irmãos, somos os únicos responsáveis pela escolha do nosso caminho. O problema, é que, após a escolha, temos que trilhar pelo caminho escolhido! Útil, não é necessariamente aquele que quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas. Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito, para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos.
A expiação, muitas vezes, por conta de uma visão distorcida, soa como castigo divino. Mas, nós, espíritas, sabemos e devemos demonstrar pelo exemplo, que as deformidades físicas não estão punindo, mas eliminando as deformidades perispirituais, que causamos anteriormente. Podemos atenuar, ou mesmo eliminar, as situações cármicas? Sim, por atos de amor. Cabe a nós demonstrarmos "que o amor cobre uma multidão de pecados". As pessoas quando enfrentam uma situação difícil, seja ela física, financeira ou psicológica e que não sabem, não conseguem, nem desejam modificá-la, enfrentando-a, costumam dizer: – Não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim! É a anestesia da consciência! É o famoso complexo de Gabriela! Sabem aquela música? Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim... E com isso, tenta esquecer que a sua obrigação é mudar! É progredir!
Dentro desta verdade divina, não existe o perdão de Deus, pois recebemos segundo o que obrarmos, ou seja, segundo o que fizermos. Deus não nos criou para nos punir! Deus é amor... e o Carma não é punição Divina: é conseqüência retificadora. Considerando que a Lei de Causa e Efeito, é uma Lei Divina, e que as Leis Divinas foram escritas por Deus, conclui-se que: "Na natureza não há prêmios ou castigos. Há conseqüências"!
A falsa noção de carma inflexível nos conduz a dois grandes erros. Um é que o Espiritismo, prega ou endossa a necessidade da dor; isto não é verdade.A dor só seria uma necessidade, se o Espiritismo pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas! O que a Doutrina dos Espíritos demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes. A dor não é uma criação divina. A dor é criação de quem sofre!
O outro erro é a crença de que a Doutrina Espírita, aconselha o conformismo diante da "má sorte"; isto também não é correto; o que ela ensina é a resignação, atitude bastante diferente, adequada para nos fazer aceitar sem desespero aquilo que não podemos mudar.
Compreendamos, o carma como espécie de conta corrente das ações que praticamos no Banco deste mundo, onde há séculos caminhamos endividados, cadastrados no SPC da vida, pela constante emissão de cheques sem os necessários fundos de bondade, caridade, amor, etc... resgatemos nosso débito, limpemos o nosso nome no SPC, emitindo cheques com a devida provisão de fundos e isso é possível, através da prestação de serviços de caridade ao próximo, e estejamos convencidos de que, dessa forma, tanto economizaremos lágrimas, como conquistaremos um bom saldo de felicidade
"Aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu." O amor é que cobriu, isto é, resgatou a multidão de pecados, não a punição ou o castigo.
Transformar ações, amando, é alterar nosso carma para melhor, atraindo pessoas e situações harmoniosas para junto da gente. É, em última instância, a nossa indispensável e indelegável reforma íntima!
Nós decidimos, nós plantamos e nós colhemos!
Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações. Se queremos mais amor no mundo, criemos mais amor no nosso coração.
Se queremos mais tolerância das pessoas, sejamos mais tolerantes.
Se queremos mais alegria no mundo, sejamos mais alegres.
Nossa vida não é uma sucessão de coincidências, de acasos, nossa vida é a simples conseqüência de nós mesmos!!!
Fonte: http://www.feal.com.br/

 

 

Desfazendo confusões a respeito do "carma"


 Desfazendo confusões a respeito do "carma"

Por: Rita Foelker
"Carma" é um termo muito usado e muito pouco compreendido. A palavra carma não pertence propriamente à terminologia da Doutrina Espírita. Sua origem é o sânscrito, um antigo idioma da Índia.
Nas filosofias hindus, carma é definido como conjunto das ações de uma pessoa e suas conseqüências.
Alguns companheiros espiritualistas e espíritas importaram este termo vindo de tão longe e passaram a utilizá-lo. No meio espírita, por exemplo, ele viria substituir a expressão "conseqüências da lei de causa e efeito".
Mas de maneira geral, o carma só é entendido em seu aspecto negativo, o que é um grande equívoco.
Conforme podemos observar na definição acima, o carma não se restringe às conseqüências negativas de nossas ações, porém ao conjunto de nossas ações (positivas e negativas) e suas conseqüências (positivas e negativas).
Uma segunda confusão envolve o emprego desta palavra. É quando se diz que tudo o que acontece a uma determinada pessoa é devido ao "carma".
Isto é um engano, nem tudo o que se passa conosco neste planeta é fruto do cumprimento da lei de causa e efeito, e nem tudo é fatídico e imutável como geralmente se pensa.
Que nos diz o Espiritismo a este respeito? Dentro da concepção espírita de vida, podemos afirmar que as condições atuais de nossa existência na Terra são definidas basicamente por três fatores:
1- A escolha, pelo próprio Espírito, antes de encarnar, do corpo ao qual se unirá e do estilo de vida que terá aqui na Terra, a qual incluiu elementos que definem, de forma bastante genérica as provas que vai enfrentar (O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Questões 334 e 335). Esta escolha poderá ser mais ou menos condicionada pela necessidade de reparação de suas faltas havendo, inclusive, certos casos em que a encarnação num determinado corpo poderá ser imposta por Deus (idem. Questão 337);
2- As escolhas feitas na existência atual e seus desdobramentos (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. V, Itens 4 e 5);
3- Os resultados de nossas ações do passado remoto, em cumprimento da lei de causa e efeito, fazendo com que colhamos, agora, frutos do amor ou do egoísmo plantados em outra encarnação (O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Questão 921; O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Cap. V, Itens 6 e seguintes).
O determinismo dos acontecimentos, portanto, não existe de maneira absoluta. Ele existe, devemos admitir, nas escolhas de que falamos no item 1, quando se trata de provas de natureza física (ex.: grupo familiar, enfermidades congênitas).
Quanto às provas morais, o Espírito conserva o livro-arbítrio, sendo possível ceder ou resistir às tentações e, mesmo, modificar no presente resoluções tomadas no Mundo Espiritual, antes de encarnar.
Em relação ao item 3, aos fatos que resultam de coisas que fizemos por ato de livre vontade, não há como fugir de suas conseqüências, sejam boas ou ruins. Mesmo que a nossa vontade nos desvie momentaneamente, cedo ou tarde, nossa própria consciência nos levará a responder por eles.
A fatalidade, neste caso, existe somente quanto à responsabilidade em si, à qual não pode o homem subtrair-se de modo algum, mesmo que séculos e distâncias o separem do ato causador. Mas não há fatalidade quanto à ocasião, nem quanto ao modo como se efetuará a reparação do mal a que se deu causa.

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Irene Ibelli



Carma, destino, liberdade

Carma, destino, liberdade

Carma ou karma é um termo de uso religioso dentro das doutrinas budista, hinduísta ejainista, adotado posteriormente também pela Teosofia, pelo espiritismo e por um subgrupo significativo do movimento New Age, para expressar um conjunto de ações dos homens e suas conseqüências. Este termo, na física, é equivalente à lei: "Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário". Neste caso, para toda ação tomada pelo homem ele pode esperar uma reação.

Destino diz respeito à ordem natural estabelecida do universo. Geralmente é concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos provocados ou desconhecidos. Encadeamento de fatos supostamente fatais; fatalidade. Entidade misteriosa que determina as vicissitudes da vida.

Liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. Poder de exercer livremente a sua vontade

(Fonte: Wikipedia)

Somos espíritos eternos. Esta é a afirmativa da maior parte das religiões. Se somos espíritos eternos, há um criador, uma força inteligente que governa o universo e tudo o que nele habita. Entretanto, quando pensamos em "vida eterna", muitas questões surgem. Usamos palavras novas para conceitos antigos, sem aprofundamento. Esta falta de filosofia, reflexão e poesia desumaniza e se reflete em nossas atitudes cotidianas em forma de consumismo, imediatismo, incoerência entre discurso e prática. Por exemplo, se acreditamos em "destino", no sentido literal, podemos dizer que nascemos com nosso presente e futuro escritos e previstos. Não conseguiremos jamais escapar desta cadeia de acontecimentos e até pensamentos. Independentemente do que façamos, o que tiver que acontecer, fatalmente acontecerá. A liberdade, sob esta visão, não existe. Ou podemos dizer que temos por destino o céu ou o inferno, o juízo final etc. Sempre definitivo.

O espiritismo resgatou o conceito oriental de karma, substituindo a concepção de destino para "causa e efeito", pela crença na reencarnação, no "a cada um segundo suas obras". Deste ponto de vista, os acontecimentos atuais são resultado do "mau uso" da liberdade no passado. Portanto, o presente é o efeito de uma causa anterior. "A causa é a mola oculta que aciona a vida universal" (Victor Hugo/Fernando de Lacerda, No país da luz III, p. 205). Entretanto, algumas pessoas argumentam que, se existem pessoas sofrendo, estão "expiando" erros passados e por isso "merecem" tal situação. Significa, no fundo, e sem que a pessoa muitas vezes perceba: "bem feito para ele, que está sofrendo". Ora, entre muitos equívocos e confusões podemos dizer que os que assim se pronunciam se sentem "superiores" e algumas vezes "vingados" em relação a outras pessoas. Ou ainda, que têm como paradigma de felicidade as conquistas materiais, o sucesso, a saúde. Além disso, há uma outra tendência, a de atribuir também ao karma uma idéia fatalista: "não tenho o que fazer porque este é meu carma".

Norteados pela crença na eternidade da vida, na justiça, misericórdia e Amor de Deus, destacamos alguns pontos para equacionar a relação entre causa, efeito e liberdade:

1. Em qualquer situação, a nossa atitude é mais importante que os acontecimentos. É o que revela a nossa verdadeira face para nós e para os outros; é o que possibilita a superação de nossos limites.

2. Luta, aprendizagem, desafio e aperfeiçoamento são, na verdade, as palavras que melhor definem "problema", "dificuldade", "sofrimento" e "superação".

3. O ponto de partida não pode ser pior ou igual ao ponto de chegada. Desta forma, a função de cada um de nós é colaborar com Deus para o desenvolvimento da sociedade em geral e das pessoas mais próximas. Assim é o processo de evolução: compartilhado, solidário, fraterno, baseado no amor.

4. Estamos a cada dia criando novas causas, a ponto de muitos problemas atuais serem o resultado de atitudes nossas recentes, desta mesma encarnação. Os efeitos de causas passadas podem ser atenuados ou mesmo transformados a partir de nossa atitude de renovação. Começamos a girar o leme em direção a outros horizontes. Modificando nosso interior e nossas atitudes, poderemos evitar muitos obstáculos desnecessários à nossa evolução como espírito eterno que somos.

5. Finalmente, é necessário estudar, fazer uma revisão de nossa filosofia de vida. Qual a nossa prioridade real? O que nos move e motiva hoje é o que teremos em nosso caminho amanhã. Por esta razão Jesus disse: "onde estiver o teu tesouro, aí estará teu coração". Onde está o nosso tesouro?

Sobre esses assuntos:

O problema do ser, do destino e da dor – de Léon Denis

Evolução em dois mundos e Ação e reação – André Luiz / Chico Xavier

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Irene Ibelli

Prevenção: dicas para os pais manterem seus filhos longe das drogas.

Prevenção: dicas para os pais manterem seus filhos longe das drogas.  


Acreditar que somente as autoridades têm o poder ou obrigação de proteger nossa família poderá colocar nossos filhos em risco.

Somente assumindo nossa posição de pais poderemos diminuir o acesso às drogas.

Os filhos que ouvem os pais falarem sobre os riscos das drogas, embora não estejam totalmente imunes, estarão muito mais seguros do que filhos que não vêem (ou não sentem) os pais se preocupando.

Você não perceberá os caminhos que seu filho está trilhando se não estiver próximo dele.

Participe e permaneça envolvido com a vida dos filhos, desde a infância até a idade adulta. Dê atenção ao cotidiano dele. Se você nunca se interessou em saber sobre os amigos que ele tem... Essa é a hora de começar. Saiba sobre os amigos, quem são, onde moram, se praticam esportes, se são bons alunos...

Pode ser desconcertante para um pai que não cultivou o habito de participar da vida do filho... de repente mostrar interesse e começar a fazer perguntas, pode ser constrangedor para os dois.

Se este for o caso procure não "forçar a barra".
Comece a (re)construir a relação progressivamente... pergunte/conheça os tipos de lazer/diversão que o familiar gosta, tente programar um dia para acompanhar seu filho em horários de lazer. Quando o filho comentar sobre algo relacionado à escola procure demonstrar (real) interesse, saiba quem são os outros alunos e participe de eventos cotidianos como ajuda-lo em alguma matéria da escola.

Nós adultos e pais vivemos em um mundo onde o tempo é precioso (tempo é dinheiro), a maioria dos pais (eu também) trabalham acima de doze horas por dia e apesar de ter pouco tempo para dedicar à família eu sei que na maioria das vezes, tudo que um filho quer é que seus pais se reúnam a mesa para jantar ao lado dele. Esta é uma boa hora para estreitar as relações com os filhos.

Converse frequentemente.

Comece o diálogo enquanto seus filhos estão na flor da idade. Não precisa ser uma conversa forçada.

Uma notícia que vocês viram juntos na televisão pode ser um bom motivo para fazer analogias ao cotidiano da família, um filme ou um incidente como um atropelamento pode ser aplicado a realidade da comunidade onde vivemos e aos problemas que enfrentamos atualmente, inclusive os problemas do álcool e das drogas.

Monitore seus filhos.

Os filhos cujos pais os supervisionam de perto terão menor possibilidade de desenvolver um problema com drogas e se isso ocorrer os pais estarão prontos para corrigir a rota.

Saber "quem, o que, porque, onde, quando e como" das atividades de nossos filhos, trocar idéias com outros pais, e continuar desenvolvendo esta prática com os nossos filhos, estendendo a todos seus amigos é um longo caminho. Nunca é tarde para dar o primeiro passo!

Ser só amigo não é suficiente, seja o pai.

Nossos filhos já têm amigos, mas necessitam de pais amorosos, que se importem e se comportem (comportamento = exemplo) como pais.

Reforce consistentemente os limites para sua família, limites que devem ser respeitados mesmo quando os filhos estiverem em local onde você não possa estar presente, ou quando estiverem com famílias que têm regras diferentes.

Os filhos gostam de se sentirem confiáveis, e aceitarão que os limites preestabelecidos, quando explicados que visam seu bem estar, serão compreendidos e aceitos como parte de nosso amor.

A adicção é um problema de saúde.

Não acontece porque alguém é "uma má pessoa" ou por uma falha de caráter. A adicção é a doença prevenível número um que atinge adolescentes (segundo The American Academy of Pediatrics).

Não é sua falha ou falha do filho. O estigma e a vergonha devido à ignorância passada e estereótipos sobre o problema não deve ser aceito.

O problema da droga pode assolar uma família, atingindo pessoas que amamos.

O uso de drogas pode alterar o comportamento, tornar essas pessoas egoístas; elas podem nos roubar manipular e mentir para nós.
Porém o hábito de abusar de drogas ou álcool tem uma base fisiológica; o uso crônico, tanto do álcool como de outras drogas, causa uma progressiva mudança na química cerebral que, se compreendida e devidamente tratada pode ser revertida.

Há esperança, ajuda e tratamento disponível à qualquer família se alguém desenvolver um problema de abuso de substâncias.

Há modos objetivos para avaliar o problema, e muitos tratamentos novos.

Muitas pessoas recuperam a saúde e dão uma guinada em suas vidas, embora estas lutas anônimas não causem tanto alarde como as lutas públicas de Vera Fisher ou Diego Maradona, diariamente milhões de pessoas estão se recuperando.

Caso a adicção já tenha se instalado, as recaídas podem acontecer sem motivo aparente. Estimule o familiar a conhecer e praticar um "Plano de prevenção à recaída".

Esteja atento aos sinais de aviso mais frequêntes que antecedem as recaídas:

 

Não espere: se prepare e conheça os sinais de advertência, começando a agir enquanto é cedo.

Se você suspeita que seu filho tem um problema com drogas ou álcool, provavelmente você tem razão e precisa aprender mais sobre o problema e como ajuda-lo: Intervenha cedo, encontre o tipo certo de ajuda e seja persistente.

Os sinais de advertência incluem mudanças súbitas de personalidade, hábitos e amigos, irritabilidade, variações de humor e o encontro de objetos suspeitos possivelmente usados para o consumo de drogas.

Primeiro determine o tipo de problema que a família está enfrentando.

Não aceite o mito de que a pessoa que amamos precisa chegar ao fundo do poço antes de buscar ou aceitar ajuda. Sem nossa ajuda, o hábito tende a progredir e pode, eventualmente ser fatal.

Embora a intervenção no início da adicção seja melhor, é possível adquirir ajuda em qualquer fase do hábito, e a taxa de sucesso com tratamento de qualidade é comparável à mesma taxa de sucesso de outras doenças como diabetes, asma, ou hipertensão.

Cuidado com conselhos de "entendidos", consulte um profissional.

A reabilitação não é alcançada com isolamento do familiar.

Apesar de não ser formado em medicina, nos últimos 17 anos eu convivo com adictos e suas famílias; conheço pais que no desespero agiram pela emoção, alguns chegaram a expulsar o familiar somente porque alguém sugeriu essa possibilidade, e hoje dariam tudo para poder mudar o passado.

Lembre-se: O abuso de drogas é uma doença progressiva, se não for detida pode ser fatal.
Cada dia perdido pode representar a diferença entre a vida e a morte; portanto, não corra o risco de carregar um peso na consciência somente porque algum "entendido" sugeriu algo que aumenta a exposição de um filho a droga.

Como pais não somos culpados pelo uso de drogas de nossos filhos, mas temos a obrigação de assumir o papel de pais responsáveis provendo o tratamento adequado para nosso familiar.

Como a droga altera a química cerebral, um usuário em estagio avançado pode não aceitar ajuda; nesse caso (após criteriosa avaliação dos prós e contras) é possível solicitar a interdição do familiar que está abusando de drogas. Converse com um advogado!

 

Na maior parte dos casos, o tratamento do dependente de drogas não requer internação.

 

Nos raros casos em que é necessária, ela deve ser decidida com base em critérios claros e definidos, estabelecidos por um especialista.

A internação de um dependente de drogas sem necessidade pode levar até mesmo a um aumento do consumo. O aumento de consumo após uma internação indevida pode se dar por diversas razões, como sentimentos de revolta de um dependente ainda não suficientemente convencido da necessidade de ajuda.

Quando internar?**

  • Abuso de drogas compulsivo
  • Desenvolvimento anormal das atividades educacionais e sociais e na esfera vocacional e legal
  • Perigo iminente para a saúde mental ou física do paciente
  • Conduta anti-social persistente
  • Fracasso do tratamento ambulatorial
  • Alterações psicopatológicas que requerem controle da conduta e/ou medicação
  • Com contenção familiar e residência próxima, tratamento em Hospital-Dia. Sem estas condições, em Comunidade Terapêutica.

**Adaptado do Manual de Medicina de la Adolescencia – Silber, Munist, Maddaleno y cols.

 

Cada caso é único, avalie todas as possibilidades de tratamento:

Dependendo da personalidade, do estágio da doença, da freqüência de uso e do tipo de droga, alguns adictos podem se reabilitar em sua própria casa, com a supervisão de um profissional e o apoio daqueles que o amam.

Há muitos caminhos a seguir, além da internação (voluntária ou não) podemos considerar a terapia comportamental, aliada à terapia medicamentosa, combinada com grupos de apoio como N.A. e A.A. (Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos).

Por experiência própria posso afirmar que a intervenção de uma equipe multidisciplinar combinada com um programa de 12 passos (A.A./N.A.) e o apoio familiar tem enorme possibilidade de reverter o quadro de abuso de drogas.

Co-dependência

O abuso de drogas é um problema contagiante, alguns familiares (principalmente os pais) tornam-se co-dependentes, tentam esconder o problema e com esta atitude tornam-se facilitadores do uso de drogas dos filhos.

Muitas vezes, além de tratar o dependente químico os pais precisam de orientação ou tratamento. Além de terapia comportamental, na maioria das cidades existem grupos de apoio para pais e familiares de dependentes.

Grupos como Nar-Anon, Alateen e Al-Anon além de confortar os pais ainda tem enorme vivência em co-dependencia, podendo compartilhar histórias reais de grande valor para pais e jovens.

Veja: Co-dependência

O hábito de abusar de drogas ou álcool é um problema hereditário, semelhante a doenças como câncer ou doenças do coração.

Crianças que têm um padrão familiar (pais ou outros parentes que já abusaram de álcool/drogas) correm maiores risco de desenvolverem a dependência de drogas ou álcool; nenhum uso recreativo poderá ficar sob controle, particularmente durante o período da adolescência.

As famílias com um histórico de alcoolismo ou abuso de drogas devem ficar mais atentas.

Veja: Alcoolismo paterno

Você não está sozinho.

O abuso de substâncias é comum entre adolescentes e a doença da adicção não discrimina classe ou posição social.

Hoje a maioria dos pais conhece alguma pessoa, vizinho ou da própria família que esteja usando álcool e outras drogas ou que esteja lutando para se livrar do habito de usar drogas.

Ao considerarmos todas drogas, ilícitas e licitas (inclusive tabaco, álcool, medicamentos, etc) certamente podemos concluir que:

Um em cada quatro adolescentes usa regularmente algum tipo de droga ou está convivendo com uma pessoa que usa  ou abusa de álcool e outras drogas.

Mais do que qualquer coisa, nossas famílias precisam acreditar que a recuperação é possível, além de encorajamento, informação e apoio profissional para superar este problema.

Autor:
Daniel daSilva

fonte: http://www.adrogacadasia.org

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Irene Ibelli

O que é um Adicto???

O que é um adicto e 12 Passos:


A tarefa de definir adicção tem desafiado médicos, juízes, padres, adictos, suas famílias e as pessoas em geral, por toda a história. Existem tantas definições potenciais quanto existem grupos com interesses em definir adicção. A questão, inclusive, começa logo ao se nominar a doença: dependência química ou adicção, dependentes químicos ou adictos. Não importa, a verdade é que essas definições enfatizam coisas tais como dependência fisiológica, dependência psicológica, dinâmica familiar, problemas comportamentais e moralidade. Esta lista poderia ser bastante incrementada, e qualquer um poderia chegar com sua própria definição e acrescentá-la à lista. Ainda assim, definir adicção para mim é sem dúvida importante para o processo de recuperação. Afinal de contas, no Primeiro Passo admiti impotência perante ela. Esta admissão é a fundação sobre a qual minha recuperação é construída. Então a pergunta "O que é Adicção?" é, de fato, relevante.

Neste questionário, vou tentar responder a esta e a outras perguntas relativasà adicção.

Existem pelo menos três tipos de usuários de drogas:

O usuário leve

. O usuário leve é alguém que usa drogas apenas por brincadeira, influência de " amigos", protesto contra alguma situação familiar etc. Ele não se deixa levar pelo ambiente da droga. Trabalha e/ou estuda normalmente, cria raízes, implanta família. Quando chega o momento de assumir suas responsabilidades diante do contexto social, simplesmente abandona as drogas.

O dependente psicológico

. O dependente psicológico tem efetivamente alguma dependência. Mas consegue abandonar o uso com relativa facilidade depois de uma terapia médica e uma desintoxicação. Muitos fazem esse desligamento através da entrega de sua vida ao Senhor.

O dependente químico (adicto)

. Quanto ao dependente químico, ou adicto (denominação preferida pela instituição Narcóticos Anônimos), a situação se complica. É portador de uma doença chamada dependência química, progressiva, incurável e fatal, conhecida também como adicção: tem obsessão para usar a primeira dose e, quando o faz, passa a sofrer de compulsão (não consegue mais parar). Deixa a droga influir em sua vida, coleciona fracassos, tem depressão, tenta o suicídio, envolve-se em crimes e falcatruas. É com ele que nos preocupamos. Mas antes de chegar ao ponto principal, achamos conveniente fazer alguns esclarecimentos:

1. Quais são as instituições envolvidas com a programação dos 12 Passos?

a. a primeira e mais antiga é a dos Alcoólicos Anônimos (AA). Destinado especificamente ao dependente químico, ou adicto, que teve envolvimento com a droga lícita - álcool.

b. a segunda é o Al-Anon . Existe para cuidar dos familiares do dependente químico de álcool.

c. uma terceira chama-se Narcóticos Anônimos (NA), com o objetivo de ajudar os dependentes químicos ou adictos que usem abusivamente qualquer tipo de droga.

d. a quarta chama-se Nar-Anon e destina-se aos familiares (ou co-dependentes, num linguajar mais técnico) de quem usa abusivamente qualquer tipo de droga.

2. Qual a diferença entre AA e NA?

O AA reconhece a existência apenas de uma doença presumivelmente chamada de alcoolismo. Para a irmandade, tratar do alcoolismo é o bastante. Já o NA reconhece a existência de uma doença chamada DEPENDÊNCIA QUÍMICA, que, entre outros sintomas, apresenta o do USO ABUSIVO DE DROGAS - aí incluída a droga lícita (álcool) e as ilícitas (maconha, cocaína, etc). Importante frisar que NA considera droga até o tranquilizante - desde que sob uso abusivo e sem motivação médica comprovada. Para o NA, a dependência química tem outros sintomas - o mais comprovado é o desvio de caráter.

3. o que é a dependência química (adicção)?

É uma doença com raízes mental (obsessão) e física (compulsão). Atua em todas as áreas (física, mental e espiritual) do indivíduo. A dependência química/adicção é progressiva, incurável e de determinação fatal. Progride mesmo quando o dependente químico/adicto não está "na ativa"- ou seja, quando não está usando drogas. O dependente químico/adicto em recuperação consegue apenas estacionar a doença, nunca curá-la. E a doença mata degradando - acidentes de carro, suicídios, assassinatos. Quem não morre tem como outros destinos a prisões ou o hospício.

4. A dependência química/adicção é adquirida ou hereditária?

Nenhum estudo conseguiu comprovar a origem da doença. Há pouco tempo, um pregador brasileiro declarou sua satisfação de ter recebido uma educação evangélica - que, segundo ele, evitou seu envolvimento com drogas. É um grave equívoco, nos centros de recuperação existem dezenas de filhos e filhas de pastores que, apesar da educação severa, envolveram-se com drogas por causa da doença. Assim como existem milhares de lares desajustados onde, apesar de todo o sofrimento, não existem dependentes químicos/adictos.

5. como explicar o modus operandi de um dependente químico/adicto?

Há uma mulher muito bonita numa praia. Sozinha. O homem normal olha para a mulher, sente desejo por ela, pensa em assediá-la. Mas raciocina, lembra que ela pode ter namorado, noivo, marido. Acha melhor ir embora pra não se envolver em confusão (Reflexão e ação).
O dependente químico/adicto olha pra mulher, sente a obsessão e parte para o assédio, impulsivamente. Só depois é que vai pensar na conseqüência de seus atos (Ação sem reflexão).

6. o que são os 12 Passos?

As quatro irmandades paralelas aplicam uma terapia chamada de Programação dos 12 Passos. O dependente/adicto pratica cada um dos passos, um por um ou paralelamente, conseguindo ficar limpo (sem usar drogas) um dia de cada vez. Na Programação de 12 Passos, o dependente químico/adicto assume consigo mesmo o compromisso de ficar sem drogas apenas 24 horas de cada vez. Não existe passado ou futuro. Só o hoje. Um dos slogans mais conhecidos é "só por hoje nunca mais".

7. Todos são obrigados a praticar esses 12 passos?

Na programação ninguém é obrigado a nada. Tudo é apenas sugerido. Ninguém tem que dar satisfações a ninguém. Só a si mesmo. Se alguém entrar na programação para agradar ao pai, mãe, mulher, marido, a quem quer que seja, muito provavelmente recairá. Só consegue ficar limpo quem tem compromisso com si mesmo. Só por hoje.

8. Quem dirige AA e NA?

Ninguém. São as únicas organizações com estrutura administrativa baseada no anarquismo político que realmente deram certo. Não há chefes, nem diretores, nem gerentes. Quem manda é a consciência coletiva - um colegiado com todos os membros - e, acima dela, Deus. Para ser membro de AA ou Na basta querer parar de usar. Não precisa dar nome, endereço, nada. Não existem fichas ou cadastros. Ninguém fala em nome das irmandades. Qualquer posição é pessoal.

9. Qual a religião de AA e NA?

Não existe. As irmandades são espirituais, mas não religiosas. Os 12 passos falam de um Deus, mas "da forma como o adicto o compreende". Para evitar debates teológicos ou até mesmo fundamentalistas, as irmandades chamam Deus de "Poder Superior". Mas o segundo, o terceiro e o quarto passos recomendam uma aproximação maior com Deus. A programação deixa claro que sem Deus não existe recuperação.

10. Todo mundo que usa droga é dependente químico?

Não. Embora a programação limite-se a cuidar de quem é dependente químico/adicto, a experiência mostra que existem três formas de convívio com a droga:

- nenhum convívio. A pessoa nunca experimenta a droga ou, depois de experimentar, prefere outros caminhos.

- convívio por vício. O indivíduo tem uma dependência física ou emocional, que consegue deixar depois de um tratamento terapêutico ou mesmo porque resolveu mudar de vida.

- convívio por dependência química/adicção. O dependente/adicto não consegue deixar a droga, precisa de uma terapia específica - normalmente, só a programação de 12 Passos consegue estacionar a doença dele.

11. Como saber se alguém é dependente químico?

Embora existam sinais claros, AA e NA preferem que o próprio dependente reconheça esse fato. Admitir que tem a doença é o Primeiro Passo de um adicto. Eu não posso dizer que alguém é adicto. Só posso dizer que eu sou...

12. Como levar alguém para NA ou AA?

Preferencialmente, de forma alguma. O próprio dependente químico/adicto deve reconhecer sua necessidade de procurar uma irmandade. Só se dá ajuda a quem pede ajuda. Se eu não quiser ajuda, ninguém poderá fazer nada.

13. Al-Anon e Nar-Anon ajudam a cuidar de um adicto?

A doença é contagiante. Um familiar acaba adquirindo hábitos e comportamento de um dependente químico/adicto. As duas irmandades ensinam o familiar a cuidar de si próprio para não sofrer tanto com o adicto. Agora, claro que, frequentando uma irmandade, o familiar acaba descobrindo a existência da doença, como se manifesta e, assim, acaba também por agir de forma diferente junto ao dependente. E no final influi na decisão de o dependente procurar ajuda também.

fonte:  http://www.adrogacasadia.org

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Irene Ibelli

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A prevenção de Drogas à luz da ciência e da Doutrina Espírita - Alguns conceitos importantes

A prevenção de Drogas à luz da ciência e da Doutrina Espírita - Alguns conceitos importantes

 
Rosa Maria Silvestre Santos


Alguns conceitos importantes


1- Drogas Psicotrópicas

Drogas psicotrópicas são substâncias que, quando administradas no organismo, provocam alterações no funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC) e levam a uma modificação no estado psíquico e físico do indivíduo.


2- Dependência

A dependência, antes diferenciada em física e psíquica, foi recentemente incluída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) dentro de um contexto maior, isto é, não é apenas a quantidade e freqüência do uso que pode determiná-la, mas se o seu consumo levar a pelo menos três dos seguintes sintomas ou sinais ao longo dos últimos doze meses:

- forte desejo ou compulsão de consumi-las;
- consciência subjetiva de dificuldade na capacidade de controlar a ingestão delas;
- uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência,
- tendo consciência da efetividade desta estratégia;
- estado fisiológico de abstinência;
- evidência de tolerância, usando doses crescentes da substância requerida para alcançar os efeitos originalmente produzidos;
- estreitamento do repertório pessoal de consumo, passando, por exemplo, a consumir em ambientes não propícios, a qualquer hora, etc.;
- negligência progressiva de prazeres e interesses em favor das drogas;
- persistência do uso, a despeito de clara evidência de manifestações danosas;
- evidências de que o retorno ao uso da substância, após um período de abstinência, leva a uma reinstalação do quadro anterior. (Carlini, 1990, p.3)

Dependência, de modo geral, é este impulso que leva a pessoa a usar uma droga periodicamente ou constantemente, em resumo, significa a falta de controle do consumo.


3- Tolerância

Tolerância é o resultado de um processo de adaptação biológica à droga, de tal forma que, para se obter aqueles efeitos iniciais esperados, o indivíduo tem que consumir quantidades cada vez maiores.


4- Escalada

A escalada, como o próprio termo indica, refere-se a um aumento no consumo de drogas. Pode ocorrer de duas maneiras:

- pela passagem de um consumo ocasional para um consumo mais intenso (toxicomaníaco), em função da tolerância desenvolvida;
- pela passagem de uma droga "leve" para outra considerada mais "pesada", em função da natureza dos efeitos procurados.


5- Síndrome de Abstinência

Síndrome de Abstinência é um quadro de alterações físicas, ocasionadas pela falta da droga no organismo. Estas alterações variam de acordo com o tipo de droga, com a freqüência do uso, com a quantidade utilizada e com o estado físico do usuário. Por exemplo, o alcoolista, quando privado do álcool, apresentará um quadro de síndrome com tremores e sudoreses, náuseas e vômitos, podendo chegar, em casos mais graves até a delirium tremuns, coma ou morte.


6- Overdose

O termo overdose significa superdose ou dose excessiva de droga capaz de provocar falência dos órgãos vitais, e até mesmo a morte do indivíduo. O usuário perde o controle das doses em busca de maiores efeitos e pode morrer acidentalmente. Geralmente está consciente do risco que corre. Caso a pessoa seja socorrida a tempo, poderá sobreviver. Um grande número de mortes por overdose poderia ser evitado se o indivíduo recebesse o socorro adequado.

Como adverte Lídia Aratangy, o usuário em crise por overdose deve receber imediatamente um atendimento especializado. Os amigos que o encaminharem ao hospital estão protegidos pelo anonimato, não correm o risco de serem delatados. Na realidade, tem ocorrido mais acidentes do que a imprensa gosta escandalosamente de anunciar. Assim também como, a maioria das mortes por overdose não chega aos noticiários porque são ocultadas pelas famílias, atribuindo-as a uma parada respiratória de origem desconhecida.


7- Drogas lícitas e ilícitas

Há uma polêmica sobre o conceito de drogas lícitas ou legais e ilícitas ou ilegais, visto que, em ambas há substâncias capazes de induzir à dependência. As drogas lícitas, aceitas social e culturalmente, sempre ficam em primeiro lugar nas pesquisas referentes ao consumo, tanto entre jovens quanto entre os adultos.

Levantamentos feitos em hospitais psiquiátricos detectaram que 94,8% dos pacientes eram dependentes do álcool e 5,2% das demais drogas, entre elas a maconha e cocaína. Segundo Beatriz Carlini, a preocupação da sociedade em relação às drogas ilícitas revela ser um grande equívoco, uma vez que o consumo de drogas lícitas (álcool, tabaco e medicamentos) supera de longe o de drogas ilícitas.

O alcoolismo é um dos mais sérios problemas de saúde pública. 10% dos brasileiros acima de 15 anos possuem problemas ligados ao álcool. É a terceira causa de aposentadoria por invalidez, ocupa o segundo lugar entre as doenças mentais, é a maior causa de perda do trabalho, de acidentes de trânsito, de conflitos familiares, violência, etc.


8- Uso e Abuso

Em nossa sociedade, o uso de drogas é algo comum e, em geral, quase todas as pessoas bebem socialmente, outras fumam ou utilizam algum medicamento sem prescrição médica. No entanto, o envolvimento com estas ou com outras drogas, pode ocorrer em graus bem diferentes. Encontramos tanto usuários leves, como usuários pesados, isto é, aqueles que usam e aqueles que abusam de diferentes drogas. Aqueles que usam experimentalmente e recreativamente e aqueles que usam habitualmente, no entanto, qualquer que seja o uso, mesmo que seja experimental, pode produzir danos à saúde da pessoa.

É possível usar drogas sem abusar, sejam elas lícitas ou ilícitas, principalmente se levarmos em conta apenas a freqüência do consumo e a quantidade utilizada. Mas quando se trata de drogas ilícitas, todo uso corresponde a transgressão, uma vez que aí intervém o aspecto da ilegalidade do produto.

Falar de drogas remete-nos a questões polêmicas e exige muito realismo. Partimos do princípio de que o uso de drogas sempre será efeito e não causa.

Decididamente, podemos constatar que não existem sociedades, escolas ou aglomerado humano sem drogas.

Desejar uma sociedade com um consumo reduzido de drogas poderá deixar de ser uma utopia e se tornar realidade quando a humanidade progredir em três aspectos:

- Espiritual: é a consciência ética, a certeza da centelha divina nos corações humanos, a compreensão da finalidade da vida e o esforço individual para a reforma íntima e a evolução espiritual.
- Educacional: é a crença no poder e alcance da Educação, entendida dentro de uma concepção educativa de prevenção no sentido amplo. Educar para formar e não apenas informar.
- Político/Social: requer mudanças nas políticas públicas para melhoria da qualidade de vida da população quanto à moradia, saúde, educação, infra-estrutura, salários dignos, transporte, lazer, atividades esportivas, culturais e artísticas, ética, direitos humanos,....
 
 
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Irene Ibelli

A Alcoolomania

A Alcoolomania
 
Camilo (espírito)


"Servirá de escusa aos atos reprováveis o ser devido à embriaguez a aberração das faculdades intelectuais?"
"Não, porque foi voluntariamente que o ébrio se privou da sua razão, para satisfazer a paixões brutais. Em vez de uma falta, comete duas."
(O Livro dos Espíritos, parte 3ª, cap. X, perg. 848)


Não têm sido poucas as justificativas buscadas por um enorme contingente de indivíduos, para absolverem o vício da ingestão de bebidas em suas práticas usuais. É mais do que compreensível a procedência dessas escusas, tendo-se em conta que todos sabem, à saciedade, dos problemas variados que os alcoólicos são capazes de promover sobre a saúde física e social.

Por mais paradoxal que seja, vemos todos os dias e há muito tempo, pessoas vinculadas às mais variadas crenças provenientes do Movimento Cristão à procura de explicações em apoio do seu vício alcoólico.

Dizem muitos que nada há que os impeça de sorver suas bebidas, uma vez que bebem apenas socialmente. Não podem ser considerados alcoólatras, afirmam...

Vários outros alegam que a sua crença nada lhes proíbe, por isso nada deve relacionar a sua fé aos costumes inocentes, mantidos para a sua alegria e satisfação...

Alguns se baseiam no fato de que tomam suas doses em casa, e, dessa forma, estão justificados, porque não incomodam a ninguém...

Diversos têm responsabilidades declaradas nos campos da orientação cristã, asseveram que não são "ortodoxos" ou que não se podem deixar "fanatizar", esquecidos ou ignorando que ser ortodoxo é exatamente ser fiel à crença professada em todos os seus pontos e que, se é importante não fanatizar-se pela crença, será bem mais importante que não se deixe fanatizar pelo vício.

Muitos são os que, mais atormentados na busca de uma retumbante legitimação para a aloolofilia, chegam a afirmar que "até Jesus bebeu...", uma vez que não logrando alevantar-se até os exemplos nobilíssimos do Divino Modelo e Guia da Humanidade, levianamente tentam baixá-Lo até os caminhos de intemperança e morbidez em que transitam.

Surgem defesas apaixonadas e argumentos esdrúxulos, sofismáticos mesmo. Observamos, porém, que o vício, seja praticado de que maneira for e onde for e por quem for, jamais deixará de ser um vício, necessitando ser expurgado, a fim de que se reerga o indivíduo a ele submetido, para alcançar seus verdadeiros caminhos de renovação e júbilo.

Esteja o álcool utilizado como costume social, doméstico, particular ou isolado, como se deseja situá-lo, sendo algo completamente dispensável para a vida da pessoa, estabelecerá o que se chama de alcoolismo crônico, que é o hábito de consumação de etílicos variados, como aguardentes, cidras vinhos e cervejas, ainda que em doses moderadas, toda vez que os indivíduos não consigam passar sem eles.

Sem dúvida, na esteira de todo e qualquer vício alimentado por qualquer classe de pessoas, estarão sempre atuantes as influenciações obsessivas, detendo os seus usuários em regime de morna posição psíquica, entre a indecisão de mudar ou manter-se como está, e, em razão das fortes relações humanas com o 'homem velho', costumeiramente se decidem por manter o processo, procurando, então, novas escusas, até chegarem ao ponto de afirmarem que "já assumiram o hábito... e pronto..."

Nesses caminhos em que o vício se apresenta como coisa assumida, há os que fazem questão de se mostrarem indiferentes a quaisquer avisos do bom senso, sinalizando com a liberdade própria, enquanto outros fazem questão de debochar dos que pregam virtudes, desafiando-os com a grotesca exibição de suas mazelas, tão logo acabam de ouvir ou de ler qualquer orientação salutar.

Como as Leis de Deus, ínsitas no âmago de cada um, não deixarão de realizar seus labores, todos se enfrentarão, mais hoje, mais amanhã, a fim de revisarem os prejuízos que provocarem sobre a economia psíquica e orgânica, na medida dos próprios conhecimentos e do entendimento que mantinham de tudo, considerando-se as descoordenações motoras, que caracterizam perturbações neurológicas ou os desajustes psíquicos, mostrados na explosão de alegrias, de exuberância ou de prostração ou tristeza, violência e loucura a que a alcoolomania dá lugar.

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É curioso e estranho mesmo como a opinião pública se aglutina para lutar contra a maconha, o haxixe, a cocaína e outros destruidores da vida equilibrada, por meio de vastas propagandas, de coerção policial, de palestras e demonstrações diversas, por todos os meios de comunicação, recebendo com festas e com as mesmas portas propagandísticas de alcance da massa a difusão alcoólica. Esse veneno físico e moral vem participando das festividades domésticas como das religiões, desde épocas distanciadas no tempo. Essa droga terrível, sob disfarces ou declaradamente, tem contado com os aplausos mais delirantes ou com a aceitação mais explícita das famílias e de muitos homens e mulheres ligados aos movimentos da fé cristã, embora não encontrem qualquer apoio ou incentivo nos textos cristãos, em que se dizem embasar, para a manutenção do "status" do alcoolismo.

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Há que precaver-se aquele que labora na mediunidade sob a orientação do Espiritismo. Cabe ao médium a suave e permanente vigilância para que o vício, disfarçado, justificado, não logre, sorrateiramente, destruir as suas resistências morais e corporais.

Como o Espiritismo é uma doutrina de lógica e de bom senso, sugere aos seus seguidores o ajustamento a esses padrões, começando, em tais casos, a perguntar-se sobre qual a utilidade de tais usos em seus regimes e dietas. Em que lhes serve, verazmente, o uso de alcoólicos? Não encontrando porquê, deverá lutar para abrir mão do que não lhe vale nada, do que não representa nenhum valor para sua vida íntima.

Beber alcoólicos somente para ter ou fazer companhias sociais, ou para que tenham estímulos artificiais para a coragem ou para o que for, poderá significar muito tempo de tormentas e de frustrações, nas indispensáveis reparações do corpo e da mente, em função desses suicídios que se vão cometendo à sombra de mil e uma falácias que inebriam os ouvidos com frases de efeito, bem arrumadas, mas que não conseguem acalmar a consciência, onde pulsam as Sublimes Leis.

Abre mão, assim, lidador da mediunidade, dos requintados ou comuns alcoólicos, seja em que regime for, pois um veneno letal não deixará de sê-lo, quando se apresenta em recipiente de cristal, ou quando ministrado em doses diminutas e espaçadas. Com o tempo alcançará seus efeitos: destruir.

Busca, na compreensão espírita, a resistência, as energias de que careças para dizer "não" aos vícios de quaisquer naturezas e sê feliz, de consciência lúcida e corpo liberado dos tóxicos, pondo tuas mãos sempre operosas nos labores do Bem.

(Texto extraído do Livro: Correnteza de Luz – capítulo 12 – J. Raul Teixeira – pelo espírito Camilo – Ed. Frater)

Fonte: http://www.panoramaespirita.com.br

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Irene Ibelli