A polêmica entre Maconha X Cigarro
Rosa Maria Silvestre Santos
Já está virando dito popular, a famosa frase: "Maconha faz menos mal do que o cigarro". A minha pretensão é metacomunicar sobre esta afirmação, é estar refletindo sobre o que está atrás desta frase
Se continuarem usando esta tática de minimizar os malefícios de uma droga, comparando-a com outra pior, como por exemplo "o cigarro faz menos mal do que o álcool", significa que estarão dizendo por trás disto, o seguinte: "fumem ou permaneçam fumando, porque existe droga pior do que essa." E aí fica uma tremenda confusão na minha cabeça.
O argumento do "menos mal" é ingênuo ou é malicioso? O que ele quer comunicar? Será que sua fala poderia ser esta: "---- Pessoal, o bandido pior é o cigarro, vocês ouviram dizer o que ele provoca? Agora, a "coitadinha" da perseguida maconha, é inocente. Quem a persegue são preconceituosos, só porque ela é ilegal, ficam nessa hipocrisia."
O desabafo acima não é mentiroso, é uma falsa verdade (metade mentira, metade verdade). Sabem por que? Não podemos viver esta hipocrisia das propagandas incentivadas pela mesma sociedade que sofre os efeitos devastadores das drogas legais e condena preconceituosamente as ilegais. Também não podemos viver admitindo que a maconha é inocente. Esta inocente, comprovadamente prejudica a atenção e a memória; é porta de entrada para outras drogas; pode provocar desastres automobilísticos; geralmente está associada ao álcool; traz danos aos pulmões, causa bronquite, provoca distúrbios hormonais nas mulheres e pode levar os usuários à esquizofrenia e aprofundar as crises.
Agora, o pior desta realidade é presenciar a desinformação contida na frase "maconha faz menos mal do que o cigarro", dentro das salas de aulas através dos professores do ensino médio e superior!
Professor precisa adotar uma conduta ética antes de qualquer conversa. Não tem o direito de passar batido neste assunto. Se pensa assim, precisa explicar direito, mostrar os outros lados da questão, aprofundar cientificamente o tema, se não vai dar tempo de aprofundar, não jogue meias verdades. Isto é um descompromisso com a sua profissão.
Depois da capa infeliz da "Isto É" (fevereiro deste ano) dizendo " A OMS adverte: maconha é menos prejudicial do que o álcool e tabaco", a "Super Interessante" do mês de abril mostra um outro lado: "Chega de desinformação, novas verdades sobre a Maconha, uma droga perigosa, sim." Percebemos neste duelo da mídia, o mesmo duelo entre os que defendem e os que não defendem o uso ou a descriminalização da maconha.
Discutir a descriminalização é vital, ainda vamos viver este processo de descriminalização e mais tarde de legalização, antes porém, precisamos de condições mínimas de saúde e moradia conquistadas e, principalmente, de uma educação de qualidade, com professores bem preparados para trabalhar a prevenção em suas vidas pessoais e profissionais.
Precisamos desmistificar a droga, sim, mas desmistificar não significa minimizar, significa confrontar a verdade, sem contaminações do meio cultural, no confronto das informações científicas (que estão em processo, pesquisas sobre cigarro são mais antigas do que sobre maconha) e nossas dificuldades internas, sempre na busca da verdadeira ecologia humana e saúde afetiva.
Estamos a caminho do Terceiro Milênio, vivemos um novo paradigma que é o despertar da consciência holística. A abordagem holística propõe uma visão não fragmentada da realidade, estabelece pontes sobre todas as fronteiras do conhecimento humano, resgatando o amor essencial em cada um, a paz interior e uma verdadeira ecologia interna das pessoas, através de um profunda conscientização do significado da dimensão espiritual no esquema do universo. Nesta perspectiva futura a discussão sobre quem faz menos mal não tem nenhum propósito. Nesta etapa viveremos a descriminalização e a legalização de drogas sem grandes prejuízos para a humanidade.
Enquanto isso, vamos continuar metacomunicando sobre nossas escolhas, posicionamentos e ideais de vida.
Pensem nisso!
Já está virando dito popular, a famosa frase: "Maconha faz menos mal do que o cigarro". A minha pretensão é metacomunicar sobre esta afirmação, é estar refletindo sobre o que está atrás desta frase
Se continuarem usando esta tática de minimizar os malefícios de uma droga, comparando-a com outra pior, como por exemplo "o cigarro faz menos mal do que o álcool", significa que estarão dizendo por trás disto, o seguinte: "fumem ou permaneçam fumando, porque existe droga pior do que essa." E aí fica uma tremenda confusão na minha cabeça.
O argumento do "menos mal" é ingênuo ou é malicioso? O que ele quer comunicar? Será que sua fala poderia ser esta: "---- Pessoal, o bandido pior é o cigarro, vocês ouviram dizer o que ele provoca? Agora, a "coitadinha" da perseguida maconha, é inocente. Quem a persegue são preconceituosos, só porque ela é ilegal, ficam nessa hipocrisia."
O desabafo acima não é mentiroso, é uma falsa verdade (metade mentira, metade verdade). Sabem por que? Não podemos viver esta hipocrisia das propagandas incentivadas pela mesma sociedade que sofre os efeitos devastadores das drogas legais e condena preconceituosamente as ilegais. Também não podemos viver admitindo que a maconha é inocente. Esta inocente, comprovadamente prejudica a atenção e a memória; é porta de entrada para outras drogas; pode provocar desastres automobilísticos; geralmente está associada ao álcool; traz danos aos pulmões, causa bronquite, provoca distúrbios hormonais nas mulheres e pode levar os usuários à esquizofrenia e aprofundar as crises.
Agora, o pior desta realidade é presenciar a desinformação contida na frase "maconha faz menos mal do que o cigarro", dentro das salas de aulas através dos professores do ensino médio e superior!
Professor precisa adotar uma conduta ética antes de qualquer conversa. Não tem o direito de passar batido neste assunto. Se pensa assim, precisa explicar direito, mostrar os outros lados da questão, aprofundar cientificamente o tema, se não vai dar tempo de aprofundar, não jogue meias verdades. Isto é um descompromisso com a sua profissão.
Depois da capa infeliz da "Isto É" (fevereiro deste ano) dizendo " A OMS adverte: maconha é menos prejudicial do que o álcool e tabaco", a "Super Interessante" do mês de abril mostra um outro lado: "Chega de desinformação, novas verdades sobre a Maconha, uma droga perigosa, sim." Percebemos neste duelo da mídia, o mesmo duelo entre os que defendem e os que não defendem o uso ou a descriminalização da maconha.
Discutir a descriminalização é vital, ainda vamos viver este processo de descriminalização e mais tarde de legalização, antes porém, precisamos de condições mínimas de saúde e moradia conquistadas e, principalmente, de uma educação de qualidade, com professores bem preparados para trabalhar a prevenção em suas vidas pessoais e profissionais.
Precisamos desmistificar a droga, sim, mas desmistificar não significa minimizar, significa confrontar a verdade, sem contaminações do meio cultural, no confronto das informações científicas (que estão em processo, pesquisas sobre cigarro são mais antigas do que sobre maconha) e nossas dificuldades internas, sempre na busca da verdadeira ecologia humana e saúde afetiva.
Estamos a caminho do Terceiro Milênio, vivemos um novo paradigma que é o despertar da consciência holística. A abordagem holística propõe uma visão não fragmentada da realidade, estabelece pontes sobre todas as fronteiras do conhecimento humano, resgatando o amor essencial em cada um, a paz interior e uma verdadeira ecologia interna das pessoas, através de um profunda conscientização do significado da dimensão espiritual no esquema do universo. Nesta perspectiva futura a discussão sobre quem faz menos mal não tem nenhum propósito. Nesta etapa viveremos a descriminalização e a legalização de drogas sem grandes prejuízos para a humanidade.
Enquanto isso, vamos continuar metacomunicando sobre nossas escolhas, posicionamentos e ideais de vida.
Pensem nisso!
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Irene Ibelli
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