Os Problemas são oportunidades para nos fortelecer!!!

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Este blog foi inspirado pelos jovens da Caravana Arco Iris, então para facilitar o entendimento do porque de tudo isso, fiz a postagem de algumas psicografias de meu filho Erick Ibelli, e para mostrar que na vida nada acontece por acaso!!! A vida continua e a nossa passagem pela Terra, é apenas uma parte do caminho!!! Irene Ibelli

domingo, 16 de janeiro de 2011

Abuso e Dependência da Maconha

Abuso e Dependência da Maconha

Artigo elaborado pela Associação Brasileira de Psiquiatria e publicado no jornal do Conselho Federal de Medicina, ano XXI, no. 158, considera os efeitos do abuso e dependência da maconha. Veja do que se trata o artigo:

A maconha é cientificamente conhecida pelo nome de Cannabis sativa, um arbusto da família das Moraceae, também conhecida como cânhamo-da-índia. É uma planta que cresce livremente nas regiões tropicais e temperadas.

Os efeitos medicinais e euforizantes da maconha são conhecidos há mais de 4 mil anos, na China, e existem registros históricos de suas presumíveis ações medicinais desde o século III a.C. Entretanto, no início do século passado a maconha passou a ser considerada um problema social, sendo considerada ilegal a partir da década de 30.

O uso médico da maconha declinou lentamente ao longo dos anos, pois os pesquisadores não conseguiram constatar cientificamente seus efeitos medicinais, apesar de pipocarem aqui e ali alguns artigos controversos.

Alguns países começaram a relacionar o abuso da maconha à degeneração psíquica, ao crime e à marginalização da pessoa. Nas décadas de 60 e 70, o seu consumo voltou acrescer significativamente, chegando ao ápice no biênio 1978/1979.

A maconha é a droga ilícita mais usada mundialmente e nos EUA, 40% da população adulta já experimentou maconha pelo menos uma vez na vida. O uso da maconha geralmente é intermitente e limitado, na maioria das vezes por motivos recreacionais e esporádicos e, felizmente, a maior parte dos jovens para seu consumo por volta dos 20-25 anos. São poucos os jovens que passam para um consumo diário por anos seguidos.

Da mesma forma que o consumo, também a dependência de maconha está entre as dependências de drogas ilícitas mais comuns; estima-se que um em cada 10 usuários de maconha se torna dependente em algum momento, normalmente aqueles que passam por um período de consumo mais pesado. O risco de dependência da maconha é comparável ao de dependência ao álcool (que é de 15%), do que ao de outras drogas (tabaco: 32%; opióides: 23%).

No Brasil, levantamento realizado em 1997 com estudantes do ensino fundamental e do ensino médio em 10 capitais brasileiras mostrou que a maconha é a droga ilícita mais utilizada. Comparando levantamentos anteriores (de 1987, 1989, 1993 e 1997), a maconha foi a droga que mais teve seu uso aumentado, passando de 2,8% em 1987 para 7,6% em 1997.

Também o uso pesados aumentou estatisticamente ao longo dos quatro levantamentos. O uso freqüente (seis vezes ou mais no mês) e pesado passou de 0,4% em 1987 para 1,7% em 1997.

Outro levantamento, agora domiciliar, de 1999 feito na cidade de São Paulo, com população acima de 12 anos, a maconha também foi a droga que teve maior uso (6,6%), seguida de longe pelos solventes (2,7%) e pela cocaína (2,1%).

A Cannabis sativa contém aproximadamente 400 substâncias químicas, entre as quais se destacam pelo menos 60 alcalóides, conhecidos como canabinóides. Essas substâncias são responsáveis pelos efeitos psíquicos e são classificados em dois grupos: os canabinóides psicoativos (por ex., Delta-8THC, Delta-9THC e o seu metabólico ativo, conhecido como II-hidroxi-Delta-9THC) e os não-psicoativos (por ex., canabidiol e canabinol). O Delta-9THC é o mais abundante e potente destes compostos.

Sabe-se hoje que existem receptores cerebrais específicos para o Delta-9THC em ratos, bem como um suposto neurotransmissor para os receptores endógenos, denominado anandamida.

A maconha é mais bem absorvida por via oral do que fumada (pulmonar). A taxa de absorção oral é de 90% a 95%, e a pulmonar de 50%. Os efeitos farmacológicos pela absorção pulmonar podem ter início entre 5 a 10 minutos. Devido à característica de lipossolubilidade (liga-se a gorduras), os canabinóides se acumulam principalmente nos órgãos onde os níveis de gordura são mais elevados, como por exemplo, no cérebro, testículos e tecido adiposo. Alguns pacientes podem exibir os sintomas e sinais de intoxicação por até 12 a 24h depois de consumirem a maconha, exatamente por causa dessa afinidade dos canabinóides pelo tecido adiposo.

Complicações agudas
Um cigarro de maconha ou baseado típico contém cerca de 3 mg de maconha. A concentração de Delta-9THC é diferente nas diferentes apresentações da Cannabis, ou seja, na própria maconha, no haxixe, e no skunk, e em geral varia de 1% a 15%, ou seja, de 2,5 a 150mg de THC respectivamente. Estima-se que a concentração mínima preconizada para a produção dos efeitos euforizantes seja de 1% ou 1 cigarro de 2 a 5 mg. Os efeitos da intoxicação aparecem após alguns minutos.

Déficits motores (por ex., prejuízo da capacidade para dirigir automóvel) e cognitivos (por ex., perda de memória de curto prazo, com dificuldade para lembrar de eventos que ocorreram imediatamente após o uso de cannabis) costumam acompanhar a intoxicação.

Sintomas psiquiátricos
O consumo de maconha pode desencadear quadros temporários de natureza ansiosa, tais como Crises de Pânico, ou sintomas de natureza psicótica. Por serem habitualmente passageiros esses sintomas não precisam ser medicados.

A maconha é capaz de piorar quadros de esquizofrenia, além de constituir importante fator desencadeante dessa doença em pessoas predispostas. Desse modo, pacientes esquizofrênicos usuários de maconha e seus familiares, devem ser orientados acerca dos riscos envolvidos. O mesmo se aplica aos indivíduos com fatores de risco e antecedentes familiares para a doença.

Complicações crônicas
Ainda há pouco consenso a respeito das complicações crônicas do consumo de maconha. As investigações acerca da existência de seqüelas no funcionamento cognitivo e de dependência da maconha, têm merecido a atenção dos pesquisadores nos últimos anos.

Funcionamento cognitivo
Há evidência de que o uso prolongado de maconha é capaz de causar prejuízos cognitivos relacionados à organização e integração de informações complexas, envolvendo vários mecanismos de atenção e memória.

Tais prejuízos podem aparecer após poucos anos de consumo. Além disso, processos de aprendizagem podem apresentar déficits após períodos mais breves de tempo.

Prejuízos da atenção podem ser detectados como aumento da distração, afrouxamento das associações, intrusão de erros em testes de memória, inabilidade em rejeitar informações irrelevantes e piora da atenção seletiva. Esses prejuízos parecem estar relacionados à duração do hábito de consumo de maconha.

Dependência
A dependência da maconha vem sendo diagnosticada há algum tempo, nos mesmos padrões das outras substâncias e ao contrário do que preconiza(vam) ídolos da juventude. Muitos estudos comprovam que os critérios atuais de dependência aplicam-se muito bem à dependência da maconha, assim como de outras drogas.

Devido à dificuldade em quantificar quanto de maconha atinge a corrente sangüínea, não se estabeleceu ainda quais doses formais de THC estariam relacionadas à dependência. O risco de dependência aumenta conforme a extensão do consumo. Apesar disso, alguns usuários diários não se tornam dependentes ou desejam parar o consumo. De fato, felizmente a maioria dos usuários casuais não se torna dependente e uma minoria desenvolve uma síndrome de uso compulsivo (vício) semelhante à dependência de outras drogas, notadamente aqueles que fazem uso pesado e que começaram mais precocemente.

Para completar o diagnóstico da dependência da maconha, recomenda-se a observância da síndrome de abstinência para esta droga. Apesar da abstinência da maconha ser reconhecida pela CID.10, ainda não tem sido possível determinar um quadro característico desses sintomas.

De modo geral, observados universalmente pela clínica, os sintomas da abstinência (falta) da maconha seriam:

fissura
irritabilidade
nervosismo
inquietação
sintomas depressivos
insônia
redução do apetite
cefaléia


Considerando a existência de muitos efeitos nocivos da maconha, recomenda-se que os profissionais de saúde informem seus pacientes usuários sobre os já comprovados efeitos nocivos (risco de acidentes, danos respiratórios para usuários crônicos, risco de desenvolver dependência para usuários diários e déficit cognitivo para os usuários crônicos). Os efeitos nocivos inconclusos também devem ser informados.

Os casos de dependência já estabelecida devem ser encaminhados para atenção profissional especializada.
Os principais efeitos psíquicos do uso crônico da maconha são:

despersonalização
desrealização
depressão
alucinações e ilusões o sonolência
ansiedade
irritabilidade
prejuízos da concentração
prejuízo da memória de curto prazo
letargia
excitação psicomotora
ataques de pânico
auto-referência e paranóia
prejuízo do julgamento

fonte: http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?sec=34#


 
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Amemos o nosso Planeta Terra e nossos semelhantes, como Jesus nos amou!!!
Não podemos nos esquecer de que Deus ainda está no comando!!!
   
 
 Irene Ibelli

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